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Rio de Janeiro sediou o VIII Fórum de Serviço Social em Diálise

A Associação de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro, AHERJ, promoveu na última quarta-feira, 20/03, o VIII Fórum de Serviço Social em Diálise do Estado do Rio de Janeiro. O evento discutiu o cenário do transplante renal e a importância do Serviço Social para qualidade de vida do paciente.

A mesa foi composta por Gilson Nascimento, presidente da Associação dos Renais e Transplantados do Estado do Rio de Janeiro, ADRETERJ, por Fernanda Dall’ Agnol, do Serviço Social do Programa Estadual de Transplantes, PET, por Fátima Gomes, coordenadora nacional de Assistentes Sociais da Fresenius Medical Care, pelo médico Pedro Túlio, coordenador de transplante renal do Hospital Adventista Silvestre e pelo médico Onofre Barros, coordenador do setor de Comunicação e Pesquisa do PET.

A assistência do serviço social ao paciente renal crônico

Com o olhar de paciente renal, Gilson Nascimento Silva, ADRETERJ, destacou a forte atuação do assistente social no cuidado e na orientação aos pacientes nas clínicas de diálise. “O assistente social é o profissional de ponta na clínica. Conhece todas as questões que acontecem no ambiente e recebe as demandas dos pacientes a toda hora. A assistência do serviço social ao paciente renal é extremamente relevante”, comentou.

Representando os assistentes sociais, Fátima Gomes, coordenadora de Assistentes Sociais da Fresenius Medical Care, FME, apresentou um panorama do serviço prestado pelas assistentes sociais nas clínicas da FME. A profissional relatou que, atualmente, os 31 centros de diálise operam com a presença de um profissional da área e, o trabalho é feito de forma integrada com os psicólogos das unidades. A coordenadora ressalta que essa frente é fundamental, pois age diretamente na aderência do paciente ao tratamento, contribuindo para sua qualidade de vida e boas experiências dos pacientes nas clínicas. “É importantíssimo que o paciente esteja bem orientado sobre os seus direitos dentro e fora do ambiente clínico”, comenta Fátima Gomes.

Doação de órgãos

Já sobre a doação de órgãos, representantes do PET ressaltaram a importância do alinhamento das informações entre pacientes e familiares. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, ABTO, no Brasil, há mais de 32.000 pessoas na lista de espera para doação de órgãos. O índice de autorização familiar para doação ainda é muito baixo, cerca de 64%. Além disso, 80% dos profissionais de saúde consideram difícil abordar as famílias e orientá-las sobre a possibilidade da doação, visto que esse é um procedimento feito logo após a notícia do falecimento de um ente. Para o paciente renal, esses números também são graves. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, SBN, o transplante renal é considerado o meio mais completo de substituição da função dos rins. E, para que mais pacientes possam ser contemplados pelas doações, as informações sobre o procedimento médico devem ser cada vez mais difundidas no país.