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Dia Mundial do Diabetes: veja quais são os cuidados essenciais

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O Dia Mundial do Diabetes é um momento no qual a Organização Pan-Americana da Saúde se une à comunidade global de saúde pública com o objetivo de reforçar para a população as formas de prevenir a doença, bem como a importância do diagnóstico e da manutenção do tratamento.

Para contribuir com esse movimento, entrevistamos o Dr. Mario Henriques de Oliveira, Consultor Médico – Nephrocare/Fresenius Brasil, abordando as principais dúvidas que envolvem tal condição.

O que é o diabetes?
O Diabetes Mellitus é uma doença associada à alteração no metabolismo dos carboidratos, caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). O exame de sangue mostrando glicose acima de 126 mg/dl ou hemoglobina glicosilada superior a 6,5% confirma a presença do diabetes. 

Quais são os principais sintomas?
Quando o nível de glicose está muito elevado, funciona como um diurético, carregando consigo grande quantidade de água que será eliminada pelos rins (poliúria), podendo causar desidratação. Tal fator é responsável por estimular o centro da sede e, assim, levar ao excesso de ingestão de água (polidipsia).

A ausência de insulina, ou resistência à mesma, não permite a entrada de energia (glicose) para as células, provocando a fome (polifagia). Como os pacientes não conseguem incorporar a energia, tendem a emagrecer rapidamente e sentir fraqueza. A tríade: poliúria, polidipsia e polifagia são os sintomas clássicos do diabetes.

Quais os órgãos são atingidos pelo diabetes mellitus?
O diabetes é uma patologia que atinge os vasos arteriais de pequeno e grande calibres. A doença causa lesões nos olhos (retinopatia diabética), cérebro (acidente vascular cerebral), membros inferiores (insuficiência arterial crônica dos membros inferiores) e no rim, com a nefropatia diabética.

Quais são os principais cuidados que os pacientes renais diabéticos devem ter?
O controle efetivo da glicose é o principal alvo do tratamento, pois, esse cuidado evitará as complicações futuras da doença. Uma orientação dietética adequada e a mudança de hábitos de vida com atividade física regular, suspensão do tabagismo e redução do uso de bebidas alcoólicas compõem o pilar não farmacológico do tratamento.  O acompanhamento médico e uso de hipoglicemiantes orais e insulina, quando indicado, formam o tratamento farmacológico.

Em relação aos cuidados com a alimentação, quais são as orientações primordiais? Poderia dar algumas dicas?
O plano dietético inicial tem o objetivo de o paciente sair da obesidade ou sobrepeso. É importante também controlar a ingestão de carboidratos. O tempo entre as alimentações deve ser determinado para evitar hipoglicemias. Contudo, o mais indicado é a individualização da dieta, de preferência, com acompanhamento do nutricionista, estudando os hábitos alimentares e as comorbidades associadas.

Como prevenir o diabetes?
O diagnóstico precoce e o controle adequado da glicemia evitam as complicações. Os sinais de alerta devem estar presente em indivíduos com histórico familiar de diabetes mellitus e nos obesos. Neste grupo, o aconselhamento médico deve ser antecipado, buscando a prevenção.

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Créditos: freepik