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O que é cálculo renal (pedras nos rins)?

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o Cálculo Renal, popularmente conhecido como Pedras nos Rins, acomete 150 mil brasileiros atualmente. A doença é mais comum entre os homens (15%) em comparação com mulheres (8%) e tem maior incidência em pessoas com faixa etária de 20 a 40 anos. Em casos mais graves, ela pode até mesmo comprometer a função renal de forma irreversível.

O que é o cálculo renal (Pedras nos Rins)?

Cálculo renal ou pedras nos rins são formações sólidas constituídas por pequenos cristais existentes, que podem ser encontrados em qualquer lugar do trato urinário ou nos próprios rins.

Como a doença se desenvolve?

O real motivo da formação destas pedras é a ocorrência de uma disfunção metabólica que permite o acúmulo de minerais, os quais acabam se cristalizando e, quando se juntam, formam os cálculos. A pré-disposição genética associada aos hábitos de vida das pessoas, assim como a baixa ingestão de líquidos, também são fortes fatores.

Quais são os sintomas da doença?

Dor na lombar variável e intensa;

Náuseas e vômitos,

Cólica (que pode irradiar para a região genital);

Forte vontade de urinar, mas expelir pouca quantidade de urina com presença de sangue;

Prevenção:

Beber bastante líquido;

Evitar o consumo de sódio;

Adotar uma dieta pobre em cálcio e em proteína animal.

Relação do cálculo renal com a doença renal crônica ou aguda:

Os cálculos podem ser responsáveis pela obstrução ao fluxo urinário e, caso não sejam retirados em sua totalidade, podem gerar um dano irreparável à função renal, chegando até mesmo à perda do órgão. Em quadro agudos, onde o cálculo é rapidamente removido, a obstrução ao fluxo e a redução da função renal são de curto tempo. Dentro desta condição, a função renal pode ser restabelecida total ou parcialmente 

Quais são os tratamentos disponíveis?

No caso de um cálculo maior, é necessária a realização de procedimentos para fragmentá-lo e viabilizar sua eliminação. Além da cirurgia aberta convencional, existe também dois procedimentos menos invasivos:

Litotripsia extracorpórea

Aparelho que produz ondas de pressão transmitidas através da pele até o cálculo que será fragmentado. Com a aplicação desta técnica, os fragmentos são eliminados pela urina na forma de areia.

Uretero-nefrolitotripsia

O procedimento consiste em passar uma microcâmera chamada ureteroscópio flexível pela uretra. O aparelho atinge a bexiga e segue em direção ao rim pelo ureter até identificar os cálculos. Uma vez localizadas, as pedras são fragmentadas por laser e este material, já em pedaço, é retirado com uma cesta especial, chamada basket ou dormia.

Dr. Luciano Martins Duarte é nefrologista e atua na CDR Nova Iguaçu há 25 anos.