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Dia Mundial do Coração: um alerta sobre os riscos das doenças cardiovasculares à comunidade renal

Neste mês, celebra-se o Dia Mundial do Coração. A data visa conscientizar a população sobre a importância da adoção de hábitos salutares para a saúde desse órgão vital. Em entrevista à Fresenius Medical Care, a Dra. Angiolina Kraychete, Nefrologista, faz um alerta quanto aos perigos das doenças cardiovasculares à população renal.

“Além dos fatores de risco comuns, como o diabetes e a hipertensão, os pacientes dialíticos têm condições não tradicionais para o desenvolvimento da comorbidade – desequilíbrio ósseo mineral, anemia, inflamação e estresse oxidativo, estão entre eles”, relata a especialista.  Segundo a profissional, as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte do grupo.

Entre as complicações cardíacas mais comuns no paciente renal crônico, a Nefrologista destaca a hipertensão, a doença coronariana, a arritmia e a insuficiência cardíaca congestiva. Ela sinaliza que o próprio manejo da doença arterial coronariana é diferenciado nessa população. “As manifestações clínicas não seguem o padrão de uma pessoa com a função renal em dia. Apenas 44% dos pacientes renais no curso de um infarto reportam dor no peito, no braço e no pescoço; comparado a 72% daqueles sem o histórico da doença”.  

Confira algumas medidas preventivas:

Entre os cuidados fundamentais que precisam ser adotados, a Dra. Angiolina destaca o acompanhamento regular junto a um médico cardiologista e o combate ao sedentarismo. “É preciso consultar esse especialista, pelo menos, uma vez ao ano. E, mesmo diante de todos os fatores de riscos específicos para doença cardiovascular, a adoção de práticas saudáveis, em especial, atividades físicas, pode auxiliar o dialítico a ter uma capacidade funcional melhor e mais qualidade de vida”, pondera.

A profissional destaca a necessidade de haver uma troca constante entre o médico nefrologista e o cardiologista para uma avaliação integral do quadro clínico do paciente. Na visão da especialista, o cuidado dedicado ao renal crônico precisa de um alinhamento a fim de oferecer os melhores benefícios nas condutas diagnósticas e terapêuticas.